sexta-feira, 7 de maio de 2010

SEMMA e Defesa Civil fiscalizam Garimpo que usa cianeto


Uma equipe da Defesa Civil do Estado (4ª REDEC), membros da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil-COMDEC de Jacareacanga, o secretário de Meio Ambiente e Turismo local Everton Sales, além do técnico da Secretaria de Agricultura e Mineração Margomante Rodrigues de Sousa, estiveram no dia 03 de maio inspecionando a mina da Ouro Roxo.

O Major Luiz Claudio Rego dos Santos da 4ª RDEC que comandou a inspeção, acompanhado por técnicos da prefeitura de Jacareacanga foram unânimes em manifestar preocupação sobre a manipulação do CIANETO (KCN), uma vez que não há na mina um técnico responsável pela preparação do produto químico. A equipe da 4ª REDEC levou amostragens de água coletadas em quatro pontos distintos, entre eles no rio Pacu.

Já o laboratório onde se manipula o CIANETO, surpreendeu a equipe de inspeção, uma vez que o setor funciona em um barracão improvisado coberto com lona plástica e totalmente aberto, uma vez que não oferece nenhuma segurança a quem transita nas proximidades já que o gás liberado pelo produto, também é prejudicial à saúde. 

Também a equipe de inspeção detectou a falta de equipamento de proteção individual, principalmente aos trabalhadores que têm contato direto com o material químico. A equipe flagrou alguns trabalhadores sem luvas, descalços e sem máscaras, lavando um tanque onde antes havia sido usado o CIANETO para extração do ouro. “Esses homens estão correndo o risco de sofrerem intoxicação grave que pode levar a morte”, disse Everton Sales. “Deve se ter estremo cuidado ao manipular esse composto, pois o contato com qualquer ácido converte esse composto ao Ácido Cianídrico (HCN), um composto letal. Tanto o Cianeto de Potássio, quanto o Ácido Cianídrico são consideradas substâncias hematóxicas (que intoxicam o sangue), podendo cevar a morte”, reforça.

De acordo com o relatório expedido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo, a Mineradora Ouro Roxo não apresentou Licença Prévia, Licença de Instalação, não apresentou estudos como PRAD-Plano de Recuperação de Área Degradada, PCA-Plano de Controle Ambiental, RCA-Relatório de Controle Ambiental e nem certidões obrigatórias expedidas pelo município.


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